segunda-feira, 10 de setembro de 2018

O processo de aquisição da leitura e da escrita- EJA

       Ciclo de Aprendizagem

. Como considerar a relação do conhecimento?

. Qual é o papel do professor em relação a esse processo?

. Que atividades promover para subsidiar essa construção, ao longo das quatro primeiras séries do Ensino Fundamental?

 O jovem ou adulto ao ingressar na escola, traz suas marcas culturais. É assim uma produtora de linguagem, uma criadora de sentidos. Ela é usuária de sua língua, instrumento que lhe permite formular e expressar concepções de mundo, fundadas socialmente. É falante competente  que , nas ruas, lojas, produtos etc. ,produz diálogos, história, enfim, interage e se comunica espontaneamente através da linguagem. Também não é a escola a primeira fonte de contato do jovem e do adulto com a escrita, embora esta venha a constituir-se em espaço privilegiado para tal interação. Mas, muito antes de ir à escola, o jovem e adulto está impregnado, em  maior ou menor grau , pela presença da escrita 


A sua " leitura de mundo" inclui a leitura, muitas vezes incidental, de signos verbais e não verbais. É papel da escola criar condições para que o processo de construção da escrita se d~e, de forma sistemática, considerando sempre como parte do processo mais amplo de construção da linguagem. Fala e escrita são portanto, atividades complementares e modalidades específicas de usos da língua que, ao lado de identidades  e semelhanças, trazem também diferenças e especificidades que não podem ser ignoradas.  Devemos considerar o saber linguístico do aluno, sua fala e suas hipóteses de escrita. O domínio da língua  oral não garante, no entanto, por si só, a construção da escrita. Valorizando o conhecimento que o aluno tem da linguagem oral, o qual não é suficiente para que ela atinja o domínio da escrita. 

Escrita e fala são, pois realizações de natureza diferenciada, dois modos distintos de interlocução.

Fala e escrita possuem, então, estratégias peculiares e o professor precisa conhecer e considerar os mecanismos de uma modalidade e de outra para que possa intervir de forma adequada, problematizando questões, desestabilizando hipóteses, gerando conflitos que instiguem os alunos tanto em atividades de grupo com individuais, nessa construção. 

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